Por: Maria Ramos
A anemia (do grego, an = sem, haima = sangue) ocorre quando a concentração de glóbulos vermelhos do sangue (hemácias) ou de hemoglobina está abaixo do normal. A hemoglobina é uma proteína que dá cor aos glóbulos vermelhos e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.

Hemácias. Foto: Shadersters (Turbo Squid)
A síndrome da anemia pode ser causada por problemas genéticos, doenças crônicas ou na medula óssea, medicamentos, reações imunológicas (do sistema de defesa do organismo) ou falta de um ou mais nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12 ou proteínas.
O tipo mais comum de anemia, no entanto, é aquela por falta de ferro (ferropriva), responsável por cerca de 90% dos casos. No Brasil, a anemia provocada pela baixa ingestão desse mineral atinge principalmente:
- Os bebês, quando alimentados com leite bovino (o leite materno é fundamental para evitar a anemia). Entre os seis meses e dois anos de idade, a anemia é bastante comum.
- Mulheres grávidas. A passagem de ferro pela placenta para suprir as necessidades do bebê causa uma deficiência de ferro no organismo, caso não seja feita nenhuma complementação.
- Idosos, especialmente, os mais pobres. Dentaduras em mau estado, dieta composta de alimentos como café, leite, pão, sopas, que são fáceis de mastigar, mas possuem baixa quantidade de ferro, são alguns dos motivos.
- Vegetarianos que não comem nenhum tipo de proteína animal estão mais sujeitos à anemia.
Fora isso, a anemia ferropriva pode ser causada pela perda crônica de sangue. Nas zonas rurais e litorâneas, as verminoses em crianças são uma causa comum. Em mulheres, o excesso de menstruação (hipermenorreia) passa muitas vezes despercebido, sendo causa de grande parte dos casos de anemia em mulheres. Essa também é a razão porque a anemia ferropriva é 20 vezes mais frequente em mulheres que em homens.
Os sintomas da anemia variam de fraqueza, cansaço, palidez, falta de apetite, tontura, dificuldade de concentração a palpitações e taquicardia. A doença também pode retardar o crescimento, levar o bebê a nascer com baixo peso e, em casos mais graves, à morte. Alguns pacientes, entretanto, não apresentam nenhum sintoma.
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Data Publicação: 17/01/2022