Por: Daniele Souza

Sabe qual é o grande problema? Nos estágios iniciais, não há sintomas de cárie. Depois você pode começar a sentir uma dor de dente – como uma fisgada ou uma pequena agulhada – causada por alimentos doces, muito quentes ou frios, além de um gosto desagradável na boca e até mau hálito.

O mais importante é efetuar a limpeza dos dentes após as refeições e consultar um dentista regularmente! Escove os dentes, use fio dental e não se esqueça de limpar a língua. Isso mesmo: a língua. Durante a escovação, deve-se deslizar a escova, suavemente, de lado, apenas o suficiente para não dar ânsia de vômito. O aspecto “aveludado” da língua facilita o acúmulo de sujeira e a retenção de microrganismos.

“E quantas vezes se deve escovar os dentes por dia?”. Isso depende do número de refeições. A escovação mais importante deve ser aquela antes de dormir, período no qual as pessoas ficam em torno de oito horas em repouso, com menos fluxo de saliva. Se houver sujeira, os microrganismos poderão se alimentar e produzir ácido, que vai corroer o esmalte do dente e ocasionar a cárie.

Uma ótima medida preventiva é o uso de agentes evidenciadores de placa bacteriana: onde “está sujo”, fica vermelho. Bochechos com água também ajudam a manter a boca limpa. A introdução do flúor desempenha um papel importante na prevenção da cárie, tanto no sal e nos cremes dentais, quanto na água.

E os “Pequenos”?

Pequena, a criança olha, admirada, os pais escovando os dentes. Este é um grande exemplo para influenciar a criança e criar o hábito de limpar os dentes. Mas, cuidado! A criança só deverá começar a escovar os dentes sozinha quando já possuir o controle motor da escova. Você não vai querer que ela se machuque! Aos cinco anos, a criança já desperta o interesse pela escova, pela pasta de dente. Os pais podem incentivar, mas sem deixar de supervisionar e complementar a limpeza.

Os pais não devem deixar de levar os filhos a uma consulta: o dentista pode orientar os pais e aplicar flúor. Além disso, pode indicar a compra de uma solução fluoretada para aplicação em casa. Utilizar o flúor, ainda durante a gravidez, é uma medida preventiva e uma boa dica para as mamães, desde que haja supervisão do médico responsável pelo pré-natal. Ao longo dos anos, esse flúor vai reduzir o número de cáries em todos os membros da família, se utilizado corretamente, porque excesso de flúor também pode ser prejudicial.

Cárie é um problema simples?

A cárie é uma doença e deve receber o tratamento adequado. As doenças bucais não se limitam a produzir lesões nos dentes, nas gengivas e nos ossos da face, elas também podem servir como local de acúmulo de microrganismos para outras doenças mais graves.  Por isso, a prevenção da cárie e a manutenção da saúde bucal são ainda mais importantes. Há casos que relacionam microrganismos que colonizam a língua e a mucosa oral a doenças nos pulmões, cérebro, coração e até em gestantes. “Já foram relatados casos de nascimento prematuro e até bebês com baixo peso. Pessoas com problemas no sistema de defesa do organismo, causados por alguma outra doença, estão propensas à contaminação por microrganismos da cavidade bucal” – explica a dentista Patricia Stomachin.