Vetor da filariose

Vetor da filariose

Prestar atendimento aos pacientes e consultoria aos serviços de saúde, promover pesquisas e formação de recursos humanos, dar suporte laboratorial e realizar diagnóstico ultrassonográfico – estas são as principais atividades do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Recife, como Centro de Referência Nacional em Filariose.

No esforço para diminuir a prevalência da doença, o CPqAM está concluindo um mapeamento da área metropolitana de Recife para identificar as áreas de risco para a filariose e traçar um perfil epidemiológico da moléstia.

Controle de mosquitos

Com relação ao combate ao mosquito, o CPqAM vem desenvolvendo pesquisas em controle integrado do Culex quinquefasciatus, através de métodos que preservam o ambiente, inclusive, a existência de inimigos naturais (predadores, competidores) do inseto, que não poluem o ambiente e não representam risco para a saúde humana.

O controle inclui a vedação de fossas, a colocação de uma camada de cinco a seis centímetros de bolinhas de isopor em criadouros e a aplicação de larvicidas biológicos. Esses métodos, operacionalmente e economicamente viáveis, foram empregados, durante estudo-piloto em duas áreas urbanas somando cinco quilômetros quadrados, eliminando cerca de 5 mil criadouros de C. quinquefasciatus.

Avanços

Os avanços na Medicina vem ajudando o CPqAM no combate à filariose. Entre eles, destaca-se a ultrassonografia, capaz de captar movimentos sugestivos do parasita adulto dentro dos vasos linfáticos, a chamada dança da filária. Por meio desse método, pode-se determinar a localização do verme adulto da filária,  sendo possível, quando indicado, a sua retirada através de cirurgia. É possível ainda, através do acompanhamento seriado pela ultrassonografia, determinar a efetividade do tratamento medicamentoso, ou seja, a morte do verme sugerida indiretamente pela  ausência dos referidos movimentos nos exames de controle.

Data Publicação: 02/12/2021