A humanidade conseguiu vencer a gravidade, pisar na Lua e até construir estações espaciais. Entretanto, todas essas conquistas, apesar de surpreendentes, são apenas uma gota no oceano do Universo. O espaço fora da Terra é tão grande que, muito provavelmente nunca poderemos conhecê-lo por completo
O nosso Sistema Solar sozinho possui inúmeros mistérios para serem desvendados por muitos séculos. E apesar de ainda não podermos ir muito longe, enviamos naves espaciais não-tripuladas para coletar informações sobre nossos planetas vizinhos, além de satélites, asteroides e cometas. Elas carregam vários equipamentos de laboratório e câmeras fotográficas para fazer medições e enviar imagens para a Terra. Essas naves são chamadas sondas espaciais e são fundamentais para a exploração espacial.
Destinos distantes
As primeiras sondas foram lançadas ao espaço pelas agências espaciais da antiga União Soviética e dos Estados Unidos no final da década 1950. Mais recentemente, as agências europeia, japonesa, chinesa e indiana também enviaram sondas ao espaço.
Já foram enviadas sondas para todos os planetas do Sistema Solar – além do próprio Sol, da Lua e de alguns cometas. Marte tem recebido várias visitas, e isso é fácil de entender. O planeta vermelho pode ser o próximo destino para viagens tripuladas. Mas, antes disso ser possível é importante saber o máximo sobre nosso vizinho espacial.
Algumas sondas – como as Voyager 1 e 2 (lançadas em 1977) – hoje estão fora do Sistema Solar. Mas, antes disso, elas enviaram dados sobre planetas distantes, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, sobre os quais tínhamos pouco conhecimento. Estas sondas levam consigo informações sobre a Terra e o ser humano, além de imagens, sons e músicas, gravadas em discos de cobre folheados a ouro. Estes discos estão lá para o caso de as sondas serem encontradas por seres extraterrestres. Se isso acontecesse, será que iriam preferir escutar rock ou música clássica?
Missões de exploração
Existem sondas específicas para cada tipo de missão exploratória. A sonda de sobrevoo passa perto de um planeta ou outro corpo celeste e tira fotos ou faz análises com instrumentos. A sonda orbital entra na órbita de um astro e fica ali por algum tempo, funcionando como um satélite artificial.
A sonda de aterrissagem pousa na superfície de um astro para fazer suas análises, podendo carregar um veículo. A sonda veicular é capaz de se mover, pode ser um jipe robótico ou outro tipo de veículo (veja a imagem de Spirit, acima). Se você fosse inventar um novo tipo de sonda espacial, qual seria sua função? E para onde a enviaria?
Consultoria: Tereza Costa e Luís Victorino – Museu da Vida / Fiocruz
Data Publicação: 29/11/2021