Representação da sonda espacial Philae pousando sobre o cometa 7P/Churyumov–Gerasimenko em novembro de 2014 (Fonte: Agência Espacial Europeia/ESA).

Representação da sonda espacial Philae pousando
sobre o cometa 7P/Churyumov–Gerasimenko
em novembro de 2014
(Fonte: Agência Espacial Europeia/ESA).

A humanidade conseguiu vencer a gravidade, pisar na Lua e até construir estações espaciais. Entretanto, todas essas conquistas, apesar de surpreendentes, são apenas uma gota no oceano do Universo. O espaço fora da Terra é tão grande que, muito provavelmente nunca poderemos conhecê-lo por completo

O nosso Sistema Solar sozinho possui inúmeros mistérios para serem desvendados por muitos séculos. E apesar de ainda não podermos ir muito longe, enviamos naves espaciais não-tripuladas para coletar informações sobre nossos planetas vizinhos, além de satélites, asteroides e cometas. Elas carregam vários equipamentos de laboratório e câmeras fotográficas para fazer medições e enviar imagens para a Terra. Essas naves são chamadas sondas espaciais e são fundamentais para a exploração espacial.

Representação da sonda Voyager 2 no espaço (Fonte: Nasa).

Representação da sonda Voyager 2
no espaço (Fonte: Nasa).

Destinos distantes

As primeiras sondas foram lançadas ao espaço pelas agências espaciais da antiga União Soviética e dos Estados Unidos no final da década 1950. Mais recentemente, as agências europeia, japonesa, chinesa e indiana também enviaram sondas ao espaço.

Já foram enviadas sondas para todos os planetas do Sistema Solar – além do próprio Sol, da Lua e de alguns cometas. Marte tem recebido várias visitas, e isso é fácil de entender. O planeta vermelho pode ser o próximo destino para viagens tripuladas. Mas, antes disso ser possível é importante saber o máximo sobre nosso vizinho espacial.

Foto do planeta Júpiter tirada pela sonda Voyager 2, em 1979. A Grande Mancha Vermelha, no canto superior direito da imagem, é uma tempestade cerca de quatro vezes maior do que a Terra (Fonte: Nasa).

Foto do planeta Júpiter tirada pela sonda
Voyager 2, em 1979. A Grande Mancha Vermelha,
no canto superior direito da imagem, é uma
tempestade cerca de quatro vezes maior
do que a Terra (Fonte: Nasa).

Algumas sondas – como as Voyager 1 e 2 (lançadas em 1977) – hoje estão fora do Sistema Solar. Mas, antes disso, elas enviaram dados sobre planetas distantes, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, sobre os quais tínhamos pouco conhecimento. Estas sondas levam consigo informações sobre a Terra e o ser humano, além de imagens, sons e músicas, gravadas em discos de cobre folheados a ouro. Estes discos estão lá para o caso de as sondas serem encontradas por seres extraterrestres. Se isso acontecesse, será que iriam preferir escutar rock ou música clássica?

Disco presente nas sondas Voyager, com dados e informações sobre a Terra. Para ouvir os sons gravados neste disco, clique na imagem

Disco presente nas sondas Voyager, com dados e informações sobre a Terra. Para ouvir os sons gravados neste disco, clique na imagem

Missões de exploração

Existem sondas específicas para cada tipo de missão exploratória. A sonda de sobrevoo passa perto de um planeta ou outro corpo celeste e tira fotos ou faz análises com instrumentos. A sonda orbital entra na órbita de um astro e fica ali por algum tempo, funcionando como um satélite artificial.

A sonda de aterrissagem pousa na superfície de um astro para fazer suas análises, podendo carregar um veículo. A sonda veicular é capaz de se mover, pode ser um jipe robótico ou outro tipo de veículo (veja a imagem de Spirit, acima). Se você fosse inventar um novo tipo de sonda espacial, qual seria sua função? E para onde a enviaria?

Foto de paisagem marciana, tirada por Spirit. A grande quantidade de óxido de ferro (ferrugem) confere tons avermelhados à superfície e ao céu do planeta (Fonte: Nasa).

Foto de paisagem marciana, tirada por Spirit. A grande quantidade de óxido de ferro (ferrugem) confere tons avermelhados à superfície e ao céu do planeta (Fonte: Nasa).

Consultoria: Tereza Costa e Luís Victorino – Museu da Vida / Fiocruz

Data Publicação: 29/11/2021