Por: Bruno Delecave

Picnonemossauro. Imagem: Maurilio Oliveira

Picnonemossauro. Imagem: Maurilio Oliveira

Dinossauro significa lagarto terrível. Essa palavra foi criada no século passado pelo cientista inglês Sir Richard Owen para designar uma superordem de animais que existiu na Terra há milhões de anos. Apesar de estarem extintos há 65 milhões de anos, podemos comprovar sua existência por seus restos preservados em rochas: os fósseis.

Não sabemos por que esses animais desapareceram do nosso planeta. Alguns cientistas acham que um meteorito matou todos. Outros dizem que a extinção dos dinos foi causada por mudanças climáticas. O mistério se torna ainda maior ao considerarmos que outros animais – répteis, aves, peixes e insetos – sobreviveram.

Faltam muitas peças neste quebra-cabeça. Mas, graças aos fósseis, temos certeza de que os dinossauros existiram mesmo, em várias partes do mundo, inclusive aqui no Brasil. Já foram descobertas várias espécies que habitaram nosso país há milhões de anos. Podem ter existido muitas outras, mas só foram encontrados vestígios destas espécies.

Ao começarem a ser estudadas, duas dessas espécies brasileiras receberam nomes provisórios. Depois de terem sido descritas, Rondon I e Rondon II ganharam os nomes de Maxakalisaurus topai ou Dinoprata e Pycnonemosaurus nevesiou Picnonemossauro, respectivamente.

O nome Dinoprata foi escolhido por crianças que participaram de um concurso do Museu Nacional, onde seu esqueleto estava exposto. Os fósseis foram encontrados na região de Prata, em Minas Gerais. Há 80 milhões de anos, ele mantinha seus cerca de 13 metros de comprimento e 9 toneladas comendo apenas plantas.

Já o Picnonemossauro se alimentava de carne. Há 70 milhões de anos, era capaz de devorar qualquer bicho que cruzasse seu caminho,e não virava presa de ninguém. Ou seja, estava no topo da cadeira alimentar. Seus fósseis foram encontrados há mais de 50 anos, numa fazenda no Mato Grosso. Mas, a espécie só foi descrita em 2002.

Data Publicação: 29/11/2021