Por: invivo

Guigó da caatinga

Guigó da caatinga

Extremamente ágil e silencioso, o guigó-da-caatinga (Callicebus barabarabrownae) é um dos primatas brasileiros mais ameaçados de extinção. Desaparecido por quase 70 anos, chegou a ser considerado extinto e hoje é classificado como criticamente em perigo. Calcula-se que haja apenas 250 indivíduos em liberdade.

No passado, tinha uma ampla distribuição nas florestas ao leste e ao sul do Rio S. Francisco. Hoje sobrevive apenas em pequenos fragmentos arbóreos em reservas legais de fazendas e “matas de cabeceira”, conservadas para proteger as nascentes, no interior da caatinga baiana.

É um macaquinho do tamanho de um coelho, pesando de 1 a 2 kg. Tem tronco e membros amarelos cor de couro e cauda laranja. Alimentam-se de frutos, como o cajá-bravo, o mucugê e o licuri, folhas, raízes, mel, filhotes de aves, pequenos anfíbios, roedores, piolhos de cobra e outros insetos.

Seus grupos são unidades familiares normalmente formadas por quatro indivíduos: um casal, um filhote nascido no ano anterior e um filhote recente. Muito barulhento, principalmente de manhã, é confundido muitas vezes com o macaco-prego-do-peito amarelo e com bugio-preto, graças aos sons que emitem.

A principal ameaça ao guigó da caatinga é o desmatamento associado à agricultura. Como a pecuária exige mais espaço, estas propriedades têm, provavelmente, maiores reservas legais, favorecendo a sobrevivência da espécie.

 

Data Publicação: 06/12/2021