Conheça as rickettsias, parasitas de carrapatos, piolhos e pulgas que causam diversas doenças

 

Células humanas infectadas por rickettsias

Células humanas infectadas por rickettsias. Créditos: Jenifer Turco / ASM MicrobeLibrary

 

O termo “rickettsiae” se refere ao grupo de micro-organimos da classe Proteobacteria, que compreende espécies do gênero RickettsiaOrientiaEhrlichiaAnaplasmaNeorickettsiaCoxiella, e Bartonella.

As rickettsias são parasitas de artrópodes como piolhos, pulgas e carrapatos. No homem, causam doenças como tifoerlichiosefebre maculosa e febre Q.

Elas são parasitas intracelulares obrigatórios, o que significa que elas só sobrevivem no interior de outras células. Até um passado não muito distante, elas eram consideradas “grandes vírus” porque, assim como estes agentes infecciosos, somente conseguem se desenvolver em tecidos vivos.

A classificação das rickettsias é feita com base na similaridade das respostas imunológicas (produzidas pelo sistema de defesa do organismo) que estes micro-organismos induzem no corpo humano, e não por eles provocarem doenças semelhantes: as manifestações clínicas e o tempo de duração das rickettsioses variam consideravelmente.

Estes parasitas não costumam ser transmitidas de pessoa para pessoa, exceto por transfusão sanguínea e transplante de órgão, embora espécies do gênero Coxiella também possam ser adquiridas pela placenta, durante a gestação, e por vias sexuais. Com exceção do tifo exantemático, o homem é apenas hospedeiro acidental das rickettsias.

A forma de contágio mais comum é pela saliva e fezes de artrópodes infectados e contato direto com sangue, fezes e leite de animais contaminados (veja, em cada doença, quem são os animais reservatórios). As rickettsioses são, em geral, tratadas satisfatoriamente com antibióticos.

Para evitar a disseminação das rickettsioses é muito importante que as pessoas evitem, ao máximo, viajar com animais de estimação para locais onde há registros de rickettsioses, ou que são conhecidamente infestados por pulgas e carrapatos, a fim de evitar que estes animais se tornem vetores de doenças nas suas cidades de origem. A primeira rickettsia, a R. prowazekii, que provoca o tifo exantemático, foi descoberta pelo cientista brasileiro Henrique da Rocha Lima.

Para saber mais sobre bactérias e rickettsias.

 

Fontes consultadas:

CDC: Yellow Book. Disponível em http://www2.ncid.cdc.gov/travel/yb/utils/ybGet.asp?section=dis&obj=rickettsial.htm. Acesso: 01 jan 2007.

 

Por Maria Ramos

Data Publicação: 02/12/2021