Alguns anos depois da descoberta da penicilina, Ronald Hare, colega de trabalho de Fleming, tentou, sem êxito, “redescobrir” a penicilina em condições semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming. Após um grande número de experiências, verificou que a descoberta da penicilina só se tornou possível graças a uma série inacreditável de coincidências:

• O fungo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium;

• O fungo que contaminou a placa deve ter vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos;

• O crescimento do fungo e das bactérias se fez lentamente, condição necessária para que pudesse ser observada a ação do fungo sobre as bactérias;

• No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, sobreveio uma inesperada onda de frio em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura;

• A providencial entrada de Merlin Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas, antes de inutilizá-las, e percebesse que não havia bactérias ao redor do fungo.

 

Data Publicação: 12/01/2022