A teoria do flogisto foi desenvolvida pelo químico e médico alemão Georg Ernst Stahl a partir de 1659-60. Ela afirmava que todas as substâncias inflamáveis continham uma substância fundamental e etérea, denominada flogisto, que se desprendia desses elementos no decorrer da combustão ou era absorvida por eles durante o processo de calcinação.
Stahl baseou sua teoria no trabalho de seu mentor Johann Joachim Becher, que defendia a existência de três tipos de Terras diferentes: terra mercurialis, terra lapida e terra pinguis. Esta última estava presente nos materiais combustíveis, e era libertada quando esses materiais ardiam.
Ele salientava que a combustão de materiais orgânicos, como a madeira ou o carvão e a calcinação (atualmente conhecida como oxidação) de metais seguem o mesmo processo. Quanto mais rico em flogisto fosse um corpo, mais facilmente se inflamava. A chama se extinguia quando o material tivesse liberado todo o flogisto que possuía.
Para Stahl, os metais eram constituídos pela combinação de uma matéria terrosa, variável de metal para metal, com o flogisto. Durante a calcinação (oxidação), o flogisto era libertado e restava a cal (óxido) com a qual se encontrava combinado. Se fosse fornecido o flogisto à cal, aquecendo-a em contato com um corpo rico nesta substância, a cal passava novamente ao estado metálico.
Ele considerava que o flogisto era ainda o princípio da cor e do odor, embora não tenha demonstrado a sua presença em corpos coloridos ou odoríferos. Defendia que era o princípio material comum que estabelecia a ligação entre os reinos animal, vegetal e mineral.
Data Publicação: 29/11/2021