Por: Juliana Rocha
É dia e você mal consegue olhar para o sol forte e amarelo no céu azul. É noite e você vê vários pontinhos brilhando no escuro. Não é bonito? Os astros sempre fascinaram os homens, que se dedicam desde os tempos primitivos a observá-los e entendê-los. De que são feitos? Como se formaram? São capazes de influenciar o que acontece aqui embaixo na Terra?
Os princípios básicos da astronomia – ciência que se ocupa da formação e do movimento dos corpos celestes – são conhecidos há seis mil anos. A importância desta ciência para as primeiras civilizações funda-se no planejamento da agricultura. A observação dos astros mostrou ao homem que era possível fazer do céu um grande relógio: antecipando as mudanças de estação, os antigos estabeleciam as datas de plantio e colheita. Stonehenge, por exemplo, era um observatório pré-histórico situado na Inglaterra
Se tivéssemos de escolher, entre todos os corpos celestes, aqueles que mais encantam as pessoas, certamente apontaríamos as estrelas. Pois bem, chamamos de estrelas os corpos celestes que possuem luz própria. Acaso você faz alguma ideia do porquê das estrelas emitirem luz? Dentro de uma estrela acontecem reações químicas que produzem uma quantidade imensa de energia: é justamente esta energia que, liberada sob a forma de luz, pode ser vista por nós mesmo a milhares de quilômetros de distância. Você sabia que a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, está a mais de 40 trilhões de quilômetros de distância?
A luz emitida por uma estrela é nossa grande fonte de informação sobre as suas características. Com a ajuda de modernos satélites e telescópios, que são capazes de detectar, além da luz, outros tipos de radiação de energia como o infravermelho e as ondas de rádio, podemos conhecer a composição química, a temperatura e a idade de uma estrela.
Os astrônomos classificam as estrelas pelo tamanho e pela temperatura superficial. Conforme seu tamanho, as estrelas podem ser chamadas de supergigantes, gigantes brilhantes, gigantes, subgigantes, anãs ou normais e subanãs. Para facilitar a comunicação, cada um desses nomes pode ser igualmente substituído por um número romano em ordem crescente do I ao VI. Segundo sua temperatura, as estrelas são classificadas pelas letras O, B, A, F, G, K, M, R, N e S. Cada uma das letras corresponde a uma faixa de temperatura: em algumas estrelas, as temperaturas na superfície ficam em torno de 2.500 ºC, já em outras, podem chegar a 50.000 ºC!
Como a quantidade e diversidade de estrelas no universo é enorme, os astrônomos ainda usam a numeração arábica de zero a nove para identificar variações de brilho e temperatura entre estrelas de uma mesma classe. O Sol, por exemplo, é uma estrela G2V, ou seja, uma estrela normal com temperatura superficial em torno de 6.000 ºC.
Então, deu vontade de observar estrelas? Com a ajuda de um mapa do céu, você conseguirá identificar todas as constelações!
Fontes de informações:
Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro
Imagine the Universe – National Aeronautics and Space Administration (NASA)
Data Publicação: 30/11/2021