Por: Tereza Costa

Você já imaginou um mundo sem amêndoas, maçãs, laranjas e muitos outros alimentos? Estima-se que cerca de um terço do que comemos depende do trabalho de animais polinizadores, como abelhas e outros insetos.

O problema é que as abelhas e outros polinizadores vêm desaparecendo em vários países, incluindo o Brasil. A parte boa é que muitas pessoas se importam e todos, incluindo você, podem ajudar de alguma maneira.

Atitudes que você pode tomar para ajudar

1. Cultive flores no quintal ou em vasos, elas fornecem alimento para os polinizadores. Se você não tiver espaço, ainda pode fazer um jardim suspenso com canos de PVC ou garrafas PET. Veja algumas dicas para esse tipo de plantio nos links ao fim desta matéria.

2. Muitas plantas consideradas “ervas-daninhas”, como o dente-de-leão, também produzem flores que atraem insetos polinizadores. Elas não dão trabalho e você nem precisa plantá-las…por que não manter essas plantas em seu jardim?

Flor de dente-de-leão. As flores da grama não alimentam polinizadores, mas as de muitas “ervas-daninhas” sim. Foto: Jônatas Cunha/Flickr

Flor de dente-de-leão. As flores da grama não alimentam polinizadores, mas as de muitas “ervas-daninhas” sim. Foto: Jônatas Cunha/Flickr

3. Não use pesticidas ou venenos em suas plantas. Todos gostamos de jardins cheios de vida, mas esses produtos têm o efeito oposto para muitos seres.

4. Essa dica parece óbvia: não mate abelhas, besouros, moscas, tatuzinhos-de-jardim, minhocas e outros animais desnecessariamente. Eles desempenham muitos “serviços” gratuitos, como a adubação e a aeração do solo. Tudo bem, lesmas, caracóis e lagartas podem comer algumas folhas, mas eles também precisam de alimento, não é?

Uma abelha com duas asas em vez de quatro? Não, é só para lembrar que moscas também polinizam. Foto: Engleplp/Flickr.

Uma abelha com duas asas em vez de quatro? Não, é só para lembrar que moscas também polinizam. Foto: Engleplp/Flickr.

5. Jataí, uruçu, mandaçaia e muitas outras espécies de abelhas nativas do Brasil fazem ninhos no solo, em troncos de árvores ou até mesmo em rachaduras de parede. Elas não têm ferrão e são inofensivas. Se alguma delas fizer um ninho na sua casa, proteja-o!

Abelhas jataí ao redor da entrada de seu ninho. Foto: Demetr/Wikipedia

Abelhas jataí ao redor da entrada de seu ninho. Foto: Demetr/Wikipedia

 

6. Procure comprar alimentos orgânicos, isto é, produzidos sem pesticidas. Além de cuidar da saúde dos polinizadores, você também cuida da sua.

7. Polinizadores não falam, empreste a sua voz para eles: converse com outras pessoas sobre o que você leu neste texto e pesquise mais informações. Se você usa as redes sociais, que tal divulgar esse assunto para seus amigos virtuais? Você vai à escola? Proponha que seu professor discuta o tema em sala de aula. Quanto mais pessoas souberem da importância dos polinizadores, mais gente haverá para protegê-los! A Confederação Brasileira de Apicultura apoia um manifesto de proteção às abelhas; para conhecê-lo, veja os links indicados ao fim desta matéria.

Para saber mais

 

Gostou da ideia de plantar flores ou hortaliças em garrafas PET?

http://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/IDDS_manual-de-hortas-verticais_julho-2012.pdf

http://www.artesanatoereciclagem.com.br/2429-horta-feita-com-garrafas-pet.html

http://www.artesanato.com/blog/garrafa-pet/ideias-geniais-para-plantar-em-garrafas-pet/

 

Quer saber mais sobre abelhas sem ferrão ou iniciar uma criação?

http://www.ispn.org.br/arquivos/mel008_31.pdf

 

Para conhecer o manifesto pela proteção às abelhas ou assinar a petição em favor delas:

http://www.semabelhasemalimento.com.br/#embaixador

 

Se você quiser saber um pouco mais sobre a CCD e a importância das abelhas, acesse:

http://www.semabelhasemalimento.com.br

O Desaparecimento das Abelhas Melíferas (Apis mellifera) e as Perspectivas do Uso de Abelhas Não Melíferas na Polinização. Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca et al. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/69296/1/Abelha.pdf

O conteúdo indicado acima foi acessado em 01 out 2014.

 

 

Data Publicação: 23/11/2021