Por: Irene Cavaliere

1. Preparo com o famoso "rolo".

1. Preparo com o famoso “rolo”.

Espaguete, talharim, penne, fusili, canelone, lasanha… e incontáveis outros pratos de massas compõem o cardápio preferido de pessoas no mundo todo. A pasta, como é chamada em italiano e outras línguas, é tão apreciada que existe até uma Organização Internacional das Massas e um dia especialmente dedicado a ela – dia 25 de outubro.

O país onde mais se consome massa no mundo só poderia ser a Itália. São 26kg de pasta por ano, por pessoa. Os brasileiros apareceram na 17ª posição, com 6,4kg por pessoa. E Irlanda ficou no 48º e último lugar do ranking, como 1kg por pessoa na pesquisa realizada em 2010.

2. Fusili.

2. Fusili.

O sucesso do macarrão não é de se admirar: além da variedade de tipos e formatos, as massas são fáceis de preparar, armazenar e transportar, combinam com diferentes molhos e acompanhamentos, têm preços acessíveis e estão disponíveis durante o ano todo. Assim, fica fácil agradar aos mais variados paladares!

“Eu não vou comer massa porque engorda!”

Quem nunca ouviu (ou falou) isso? Apesar de queridas, as massas acabam sendo sacrificadas por quem quer emagrecer. Algumas dietas sugerem até cortar totalmente os carboidratos do prato. Mas não é bem assim… Para crianças e adolescentes, principalmente, que gastam tanta energia na hora de brincar, praticar esportes, estudar, implicar com o irmão e aprontar suas costumeiras artes, seria mesmo perigoso cortar esse tipo de nutriente da alimentação.

3. Massa fresca.

3. Massa fresca.

As massas estão presentes na base da nossa pirâmide alimentar, ou seja, fazem parte daquele grupo de alimentos que devemos comer com frequência. Isso porque são ricas em carboidratos, principal fonte de energia do organismo.

Os depósitos de energia no organismo animal são chamados de glicogênio; no vegetal, amido. No homem, o glicogênio fica armazenado no fígado e nos músculos. A outra reserva de energia do corpo humano, as gorduras, formam o tecido adiposo.

Porém, o organismo tem uma capacidade limitada de armazenar energia na forma de glicogênio, pois essas moléculas acumulam muita água. A nutricionista Mariana Ramalho esclarece:  “O tecido adiposo é uma forma mais eficiente de armazenar energia em um espaço relativamente menor. Segundo estudos, em um indivíduo de cerca de 80kg, 2.000kcal são acumuladas como carboidratos (glicose do sangue e glicogênio) e 106.500kcal como gordura (lipídios do sangue, tecido adiposo e intramusculares), aproximadamente.”

Quando comemos carboidratos além da nossa capacidade de gastar e guardar, o excesso é convertido em gordura, sendo armazenado no tecido adiposo. É por isso que muitas dietas condenam o consumo de carboidratos, e as massas não escapam do veredicto. No entanto, estudos científicos já concluíram que a culpa pelo ganho de peso não pode ser atribuída a um alimento específico. O que faz as pessoas engordarem é o consumo de uma quantidade total de calorias maior do que o organismo é capaz de queimar.

“Portanto, o importante é manter uma alimentação balanceada e adequada às nossas necessidades, pois o excesso ou a falta de equilíbrio de nutrientes – proteínas, carboidratos e lipídios – pode engordar”, explicou a nutricionista.

Macarrão para emagrecer?

4. Macarrão e tomate: a dupla.

4. Macarrão e tomate: a dupla.

Se entupir de macarrão não vai ajudar ninguém a emagrecer, mas as massas podem sim fazer parte da dieta de quem quer perder peso. Os carboidratos presentes nas massas são os chamados carboidratos complexos, que são de digestão lenta e possuem um índice glicêmico (IG) moderado. Isso significa que o alimento libera energia aos poucos durante o processo digestivo e suas propriedades nutricionais são mais bem aproveitadas pelo organismo.

Índice glicêmico é a resposta na taxa de glicose do sangue que um determinado alimento produz comparado a um padrão, geralmente glicose ou pão branco.

Assim, quando comemos um macarrão com molho à bolonhesa e um acompanhamento de salada, por exemplo, nos sentimos satisfeitos por mais tempo. Isso é bom para quem quer comer menos e emagrecer. Mas é preciso ter atenção, pois se combinarmos o consumo de massas com acompanhamentos muito calóricos, a dieta vai por água abaixo.

Não é difícil montar uma refeição balanceada com macarrão, já que os tradicionais complementos para as massas, como o molho de tomate, legumes, azeite e carne, fazem o IG da refeição diminuir. “Gorduras, proteínas e fibras lentificam o esvaziamento do estômago, diminuindo a velocidade de absorção da refeição. Portanto, diminuem o índice glicêmico desta”, explicou Mariana.

Ou seja, uma boa alimentação depende do tipo de carboidrato que você consome, da quantidade e dos acompanhamentos. Dieta boa mesmo é comer de maneira equilibrada todos os dias – assim a balança não será sua inimiga. Mas se você está precisando perder uns quilinhos, consulte um nutricionista antes de adotar qualquer dieta.

Saiba mais: Origens do macarrão

Consultoria técnica: Mariana Felipe Ramalho – CRN: 05101621
Se entupir de macarrão não vai ajudar ninguém a emagrecer, mas as massas podem sim fazer parte da dieta de quem quer perder peso. Os carboidratos presentes nas massas são os chamados carboidratos complexos, que são de digestão lenta e possuem um índice glicêmico (IG) moderado. Isso significa que o alimento libera energia aos poucos durante o processo digestivo e suas propriedades nutricionais são mais bem aproveitadas pelo organismo.

Índice glicêmico é a resposta na taxa de glicose do sangue que um determinado alimento produz comparado a um padrão, geralmente glicose ou pão branco.

Assim, quando comemos um macarrão com molho à bolonhesa e um acompanhamento de salada, por exemplo, nos sentimos satisfeitos por mais tempo. Isso é bom para quem quer comer menos e emagrecer. Mas é preciso ter atenção, pois se combinarmos o consumo de massas com acompanhamentos muito calóricos, a dieta vai por água abaixo.

Não é difícil montar uma refeição balanceada com macarrão, já que os tradicionais complementos para as massas, como o molho de tomate, legumes, azeite e carne, fazem o IG da refeição diminuir. “Gorduras, proteínas e fibras lentificam o esvaziamento do estômago, diminuindo a velocidade de absorção da refeição. Portanto, diminuem o índice glicêmico desta”, explicou Mariana.

Ou seja, uma boa alimentação depende do tipo de carboidrato que você consome, da quantidade e dos acompanhamentos. Dieta boa mesmo é comer de maneira equilibrada todos os dias – assim a balança não será sua inimiga. Mas se você está precisando perder uns quilinhos, consulte um nutricionista antes de adotar qualquer dieta.

Saiba mais: Origens do macarrão

Consultoria técnica: Mariana Felipe Ramalho – CRN: 05101621
Fotos:1. Crazyoctopus / Flickr2. Stopthegears / Flickr3. Imipolex / Flickr

4. Topfer / xchng

 

Veja ainda:

International Pasta Organization (Organização Internacional das Massas)

Data Publicação: 02/12/2021